Análise Homefront - Xbox 360
Qui Abr 14 2011, 15:43
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Os EUA representados na trama inflamada de Homefront são praticamente irreconhecíveis. Através de uma sucessão de escolhas e contingências
infelizes, a “nação mais poderosa do mundo” — conforme se pode ouvir em
qualquer blockbuster hollywoodiano de tema bélico —viu seu poderio
bélico e cultural desmoronar diante de um novo colosso mundial: a
Grandiosa República da Coreia (Greager Korean Republic). “Mas isso não
existe!” Ok, vamos por partes.
Homefront parte de uma base não muito original para contar a sua
história. Pelo menos a princípio. Trata-se aqui do clássico futuro
distópico que transforma os seus piores pesadelos (sobretudo se você for
um estadunidense) em uma realidade tão execrável que beira a mais
completa e incrível fantasia ficcional. Não fosse um detalhe: uma
diligente construção “tijolo por tijolo”.
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Em Homefront, a desenvolvedora Kaos Studios pretende que você acredite
no seguinte cenário: em 2027, os Estados Unidos da América sucumbem ante
o avanço inabalável de uma supernação constituída pelas Coreias do
Norte e do Sul. A diferença aqui é que a cronologia que conduz até esse
desfecho “apocalíptico” — dependendo do lado em que você esteja na
guerra, é claro — é tão convincente nos seus acontecimentos, que toda a
ficção assume um incômodo clima de “quase real”.
Senão, basta acompanhar os principais eventos do período coberto pela
introdução do jogo. A Coreia do Norte ignorando sanções das Nações
Unidas em relação ao desenvolvimento de armas nucleares. A morte de Kim
Jong-Il e a ascensão ao poder de seu filho, Kim Jong-Un. A indicação
deste para o Prêmio Nobel da Paz pela reunificação das Coreias — com
direito a capa na revista Time.
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Entretanto, conforme a nova Grandiosa República da Coreia experimenta
seus dias de glória, a antiga hegemonia americana começa a ruir. Além da
instabilidade social causada por uma alta sem precedentes nos preços do
petróleo — sempre ocasionadas pelo clima beligerante do Oriente Médio
—, há ainda pandemias, falência de instituições financeiras vitais e,
por fim, a declaração de lei marcial e a dissolução das Nações Unidas.
Diante desse cenário, é natural que os EUA não tenham conseguido
cumprir com suas obrigações globais. Uma delas, a manutenção do sistema
GPS. Dessa forma, em 2024, Kim Jong-Un anuncia um novo programa de
satélites. Daí até a detonação termonuclear em algum lugar sobre o
Kansas foi, digamos, uma questão de tempo.
Enfim, como já disse o sábio, “o Diabo está nos detalhes”. Mas como
também outro sábio já deve ter dito: “nem só de histórias sobrevive um
FPS (tiro em primeira pessoa)”. Portanto, vamos aos demais detalhes que
se pretendem merecedores dos seus US$ 60.
Aprovado
Bem-vindo a 2027
Conforme demonstram os retalhos de história mencionados acima, a trama
constitui um dos elementos centrais de Homefront. Não que um enredo
denso, por si só, represente grande coisa — mesmo que imbuída de
prazerosa futurologia.
A questão central aqui é: quantos FPS (tiro em primeira pessoa) atuais
conseguem agregar à experiência já bastante tradicional do gênero uma
trama genuinamente inédita e envolvente? Afinal, cá entre nós, uma boa
parte dos shooters atuais se limita a simplesmente vomitar qualquer história para justificar a clássica troca de tiros.
Dessa forma, mesmo com a jogabilidade de Homefront soando quase
excessivamente familiar (mais detalhes adiante), a distopia de uma
América do Norte tomada por uma ditadura das mais incendiárias não pode
deixar de causar certa comoção.
Mas para evitar que o agourento futuro americano assumisse ares
demasiadamente impessoais — afinal, é uma guerra —, a desenvolvedora
Kaos Studios ainda permeia a ação de cenas intensas, algumas
verdadeiramente chocantes. Senão, basta conferir a porção introdutória
do jogo, na qual uma criança tem seus pais assassinados diante dos seus
olhos.
Uma guerra de becos e vielas
Toda guerra, quando retratada em perspectivas colossais, acaba correndo
o risco de se desligar do seu fator humano. Quer dizer, entre
explosões, bombardeios e tanques de guerra, é pouco provável que alguém
se preocupe em saber o nome do seu vizinho de trincheira. Bem, eis outro
ponto que o modo campanha de Homefront trata de forma bastante
adequada.
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Basicamente, os combates aqui são travados em ruelas, becos, em uma profusão de lugares escuros e pestilentos — como uma vala cheia de cadáveres. Isso
conduz a um estilo consideravelmente inovador, no qual mais vale se
esgueirar, se arrastar e evitar sentinelas do que simplesmente sair
distribuindo tiros para todos os lados.
Afinal de contas, embora o multiplayer de Homefront coloque as coisas
em termos de “nós e eles” (EUA e Coreia), durante a história você nada
mais é do que um piloto de helicóptero recrutado por guerrilheiros — uma
força de reação cujas proporções ainda arranham apenas a superfície do
embate global.
Multiplayer old school
Embora a inovação garantida pelo modo campanha de Homefront não
exatamente se faça presente nos seus modos multiplayer, é impossível não
garantir pelo menos algumas boas horas de diversão aqui.
Quer dizer, realmente não há nada de fundamentalmente original em
“Ground Control” e “Team Deathmatch”. Entre outras coisas, a diferença
sutil na forma como o jogo concede pontos através das partidas. Em vez
do clássico “exército de um homem só”, os pontos de experiência
distribuídos por equipe reforçam o trabalho em conjunto.
Mas justiça seja feita: o ambiente multiplayer traz, de fato, algo do
que torna a campanha de Homefront tão singular. São os mapas. Em vez de
cenários genéricos compostos por destroços e fumaça, há aqui um país
real em frangalhos, e é impossível não experimentar um pouco desse
sentimento... Mesmo em ambiente online.
Battle Points: a sua moeda corrente aqui
Helicópteros, jipes de guerra, artilharia antiaérea... Os modos
multiplayer de Homefront trazem uma vasta coleção de armamentos. Para
adquirir cada um deles, basta gastar alguns “Battle Points”.
Só que uma das coisas mais interessantes para se empenhar alguns trocados ainda são, sem dúvida, os “drones”. Trata-se
de veículos controlados remotamente, com vantagens que vão da
localização dos inimigos até uma artilharia própria. Sim, eles podem ser
destruídos a qualquer momento, e também é verdade que podem ficar sem
bateria... Mas mesmo assim são “brinquedos” excelentes para desembarcar
certa imprevisibilidade no ambiente multiplayer.
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Reprovado
História futurista. Jogabilidade retrógrada
Qualquer fã de jogos de tiro em primeira pessoa provavelmente soltaria,
logo após as primeiras movimentações de Homefront: “Isso parece
datado”.
Na verdade, nem mesmo a história apoteótica envolvendo um piloto de
helicóptero desesperançado consegue esconder o fato de que a
jogabilidade de Homefront parece ter sido forjada durante as primeiras
gerações de FPS. E isso em praticamente todas as dimensões:
movimentação, efeitos de tiro, conversações, etc. A impressão geral? Um
Counter-Strike com proporções globais...
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US$ 60... Por cinco horas de jogo?
A menos que você se torne um completo fanático pela jogabilidade
multiplayer de Homefront, o modo campanha o levará naturalmente para a
seguinte conclusão: 5 horas é muito pouco pelo dinheiro empenhado.
Principalmente quando se considera o caráter épico assumido pela
campanha — algo que certamente precisaria de muito mais horas para que
não parecesse truncado.
Vale a pena?
Os antagonistas de Homefront deveriam ser outros: chineses. A ideia foiabandonada logo no início em razão de questões culturais... E também
porque, no frigir dos ovo, norte-coreanos ainda “assustam” mais do que
chineses. De qualquer forma, a escolha mostra a preocupação e o cuidado
com que a Kaos Studios cria a sua distopia, o que resultou em um cenário
incrivelmente épico e envolvente — da trama global aos detalhes.
Entretanto, a boa história não evita que Homefront pareça
consideravelmente datado, logo de cara. As movimentações, os efeitos
sonoros e mesmo os modos de jogos... Tudo isso já foi visto antes,
embora dificilmente na mesma bagagem de uma história de grande porte.
Dessa forma, fica o aviso: embora a campanha principal seja
inegavelmente interessante, ela é também bastante curta. O resto do
apelo de Homefront fica nos modos multiplayer, que são tão divertidos
quanto clássicos.
Data de Lançamento: 15 de Março de 2011
Para maiores de 17 anos
Partida Online: Sim
Versões: PC e PS3
Fonte: Baixakijogos
Edição: Fulan
Re: Análise Homefront - Xbox 360
Qui Abr 14 2011, 22:14
ahh não tem para Xbox meu irmão tem um PS3 Mas o Jogo éh um absurdo no minimo uns 250 reais esse jogo ai mas vale a pena pela analise éh um bom jogo mas o!
@topic
Meio estranho ai nas versoes ta só para PC e PS3 e no trailer ta para Xbox tb estranho hein...
@topic
Meio estranho ai nas versoes ta só para PC e PS3 e no trailer ta para Xbox tb estranho hein...
Re: Análise Homefront - Xbox 360
Sex Abr 15 2011, 12:00
Brian, é claro que tem para Xbox 360, por isso só mostrei as outras plataformas. eu tenho esse jogo para xbox 360
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