Coreia do Norte diz ver perspectiva de guerra em exercícios militares de EUA e Seul
Ter Mar 07 2017, 23:13
Diplomata norte-coreano declarou em fórum da ONU que país irá adiante com programa de armas para se proteger de um ataque nuclear dos EUA.
Ju Yong Choi, diplomata norte-coreano, em conferência da ONU (Foto: Denis Balibouse/Reuters)
A Coreia do Norte disse nesta terça-feira (7) que irá adiante com seu programa de armas e sua política de dissuasão nuclear no momento em que os Estados Unidos e a Coreia do Sul realizam grandes exercícios militares conjuntos que Pyongyang diz modelarem "um ataque nuclear preventivo".
Seul e Washington, que lideraram as críticas aos testes de mísseis norte-coreanos mais recentes na Conferência para o Desarmamento, disseram que seus exercícios almejam testar a prontidão defensiva contra uma possível agressão do Norte.
O diplomata norte-coreano Ju Yong Choi declarou ao fórum patrocinado pela Organização das Nações Unidas (ONU) que as manobras anuais dos aliados são "uma grande causa da escalada na tensão que pode se tornar uma guerra de fato".
"A DPRK (República Democrática Popular da Coreia) está firme em sua determinação de fortalecer ainda mais suas capacidades defensivas com um dissuasor nuclear como pivô de forma a pôr um fim ao perigo de uma guerra nuclear causada pelos Estados Unidos", disse Ju.
Testes de mísseis balísticos
Durante a sessão de 90 minutos, enviados de mais de 20 países, incluindo a China, maior aliada de Pyongyang, Reino Unido, França, Rússia e EUA, repudiaram os disparos de quatro mísseis balísticos norte-coreanos na segunda-feira.
O embaixador do Japão, Nobushige Takamizawa, afirmou ser "totalmente inaceitável" que os mísseis tenham caído no litoral noroeste de seu país. Eles representaram "uma ameaça direta e grave à segurança do Japão e um perigo sério para a aviação e a navegação".
O embaixador norte-americano para o Desarmamento, Robert Wood, argumentou que os testes foram a mais recente violação norte-coreana das resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Ele descreveu o programa de armas do regime isolado como "uma ameaça clara à segurança nacional de cada país da região".
Os EUA têm um "compromisso inquebrantável de defender seus aliados", e os exercícios militares realizados com Seul desde quarta-feira são "transparentes e voltados para a defesa", disse.
"Deveria ficar muito claro para a DPRK que ela é um pária, um marginal, que está violando diversas resoluções do Conselho de Segurança da ONU e que os países representados nesta sala não irão ficar parados e deixar a DPRK violar a lei internacional", acrescentou Wood.
Washington começou a enviar os primeiros componentes de seu sistema antimíssil Defesa Aérea Terminal de Grande Altitude (Thaad, na sigla em inglês) para a Coreia do Sul nesta terça-feira, informou o Comando dos EUA no Pacífico.
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Ju Yong Choi, diplomata norte-coreano, em conferência da ONU (Foto: Denis Balibouse/Reuters)
A Coreia do Norte disse nesta terça-feira (7) que irá adiante com seu programa de armas e sua política de dissuasão nuclear no momento em que os Estados Unidos e a Coreia do Sul realizam grandes exercícios militares conjuntos que Pyongyang diz modelarem "um ataque nuclear preventivo".
Seul e Washington, que lideraram as críticas aos testes de mísseis norte-coreanos mais recentes na Conferência para o Desarmamento, disseram que seus exercícios almejam testar a prontidão defensiva contra uma possível agressão do Norte.
O diplomata norte-coreano Ju Yong Choi declarou ao fórum patrocinado pela Organização das Nações Unidas (ONU) que as manobras anuais dos aliados são "uma grande causa da escalada na tensão que pode se tornar uma guerra de fato".
"A DPRK (República Democrática Popular da Coreia) está firme em sua determinação de fortalecer ainda mais suas capacidades defensivas com um dissuasor nuclear como pivô de forma a pôr um fim ao perigo de uma guerra nuclear causada pelos Estados Unidos", disse Ju.
Testes de mísseis balísticos
Durante a sessão de 90 minutos, enviados de mais de 20 países, incluindo a China, maior aliada de Pyongyang, Reino Unido, França, Rússia e EUA, repudiaram os disparos de quatro mísseis balísticos norte-coreanos na segunda-feira.
O embaixador do Japão, Nobushige Takamizawa, afirmou ser "totalmente inaceitável" que os mísseis tenham caído no litoral noroeste de seu país. Eles representaram "uma ameaça direta e grave à segurança do Japão e um perigo sério para a aviação e a navegação".
O embaixador norte-americano para o Desarmamento, Robert Wood, argumentou que os testes foram a mais recente violação norte-coreana das resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Ele descreveu o programa de armas do regime isolado como "uma ameaça clara à segurança nacional de cada país da região".
Os EUA têm um "compromisso inquebrantável de defender seus aliados", e os exercícios militares realizados com Seul desde quarta-feira são "transparentes e voltados para a defesa", disse.
"Deveria ficar muito claro para a DPRK que ela é um pária, um marginal, que está violando diversas resoluções do Conselho de Segurança da ONU e que os países representados nesta sala não irão ficar parados e deixar a DPRK violar a lei internacional", acrescentou Wood.
Washington começou a enviar os primeiros componentes de seu sistema antimíssil Defesa Aérea Terminal de Grande Altitude (Thaad, na sigla em inglês) para a Coreia do Sul nesta terça-feira, informou o Comando dos EUA no Pacífico.
Fonte
G1
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- Guerra da Coreia 2.0? Como inteligência dos EUA planeja eliminar ameaça norte-coreana
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