Na 'casa' de criadores, Halo: Reach provoca fila à meia-noite

Na 'casa' de criadores, Halo: Reach provoca fila à meia-noite

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Desenvolvedores deram autógrafos em frente a loja na região de Seattle.
'Halo: reach' teve lançamento mundial nesta terça-feira (14).

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Na foto: Erika Congdon, a primeira da fila em loja em Bellevue. (Foto: Leopoldo Godoy / G1)

Cerca de 200 jovens aguardaram a chegada da terça-feira (14) em um shopping de Bellevue, no estado americano de Washington, a poucos quilômetros da sede da Microsoft, para adquirirem o game "Halo: reach", novo jogo da principal série de tiro em primeira pessoa para o videogame Xbox, da companhia de Redmond. Além de terem acesso ao jogo no primeiro minuto do lançamento (pelo menos na costa oeste americana, 3h atrás da costa leste, onde está Nova York), os fãs foram recompensados com a presença de funcionários da empresa que criou o jogo, a Bungie.

"Você poderia assinar meu pôster?", perguntou um dos jovens a Roger Wolfson, 29 anos, diretor de desenvolvimento do software utilizado nos servidores de jogo online da Bungie. Wolfson aceitou, e foi obrigado a assinar caixas de games, revistas e fotografias adquiridas de improviso pelos fãs da série. "Nunca imaginei que daria autógrafos", diz Wolfson, engenheiro de software que coordena uma área essencial para o sucesso de jogos como Halo. Capazes de suportar milhares de jogadores simultaneamente, os servidores do primeiro Halo, lançado em 2001, colocaram o console da Microsoft na briga com o PlayStation 2, da Sony, e o GameCube, da Nintendo.

Nove anos e quatro títulos depois, Halo já se consolida como marca relevante no competitivo mercado de jogos de tiro online. Ao lado de Call of Duty, é o jogo que mais atrai compradores nos lançamentos da meia-noite, segundo Aaron Kirby, gerente da loja GameStop de Bellevue. "Aqui (em Bellevue) ainda mais, é a casa dos criadores", comenta. O shopping center fica a menos de 10 km dos escritórios da Bungie em Kirkland. O local também é frequentado por funcionários da Microsoft, "empresa-mãe" da Bungie e com sede na cidade vizinha, Redmond, na região de Seattle.

A primeira compradora, Erika Congdon, 19, já é veterana em lançamentos noturnos de jogos. Ela ficou na fila para pegar, em 2009, a última versão da série "Call of Duty". Agora, a estudante universitária aproveitou o ritmo lentoem sua primeira semana de aulas para jogar durante a madrugada. Na rede, ela encontraria logo nos primeiros minutos cerca de 300 mil pessoas, segundo Wolfson, da Bungie. "Imagino que vamos bater o recorde de 550 mil jogadores simultâneos, de Halo 3, por volta das 10h (no horário da Califórnia, 14h no horário de Brasília)." Quatro horas depois, a expectativa da produtora é de que cerca de 1,1 milhão de pessoas estejam participando do tiroteio virtual.

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Roger Wolfson, da Bungie, dá autógrafo para fã da série Halo. (Foto: Leopoldo Godoy / G1)

Enquanto aguardavam na fila, a diversão dos compradores era tirar fotos com um ator vestido de Master Chief, protagonista do game. O calor no shopping center, com o ar-condicionado desligado, obrigou o modelo a tirar o capacete por alguns instantes. "Ah, não, agora vamos saber quem é Master Chief", provocou um dos adolescentes. Logo depois, outro personagem fantasiado se juntou aos futuros compradores do game: um guaxinim, vestindo chinelos de dedo e entornando doses da bebida energética distribuída pelos gerentes da GameStop para combater o sono na fila. Surpresa até para os vendedores da loja, que viram o excêntrico - e malcheiroso, diz quem chegou perto - visitante ir embora sem comprar o jogo.

fonte: G1/Globo