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[ANALISE] MAG (Massive Action Game) - Jogo exclusivo para PlayStation3# Empty [ANALISE] MAG (Massive Action Game) - Jogo exclusivo para PlayStation3#

Sáb maio 26 2012, 16:15
por Arnaldo Leite Publicado 19 Fevereiro, 2010

256 ao molho.

- MAG#

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Em 2006 a Sony adquire a Zipper Interactive, responsável pela saga SOCOM, dois anos depois esta cria um novo projecto que foi apresentado na E3, intitulado por MAG (Massive Action Game). Com o objectivo de proporcionar uma experiência única online, a aposta foi criar um FPS que juntasse 256 jogadores em simultâneo num só mapa. Embora houvesse a dúvida se era ou não possível ter tantos jogadores juntos online, na E3 2009 verificamos que para além de conseguirem, apresentaram também um jogo graficamente evoluído.

Sendo assim, a Zipper Interactive concebeu um FPS que não foge muito do género, ou seja, um jogo baseado em estratégias de guerra, jogo de equipa, melhoramentos e experiência adquirida, deixando de lado o singleplayer, apostando unicamente na vertente multiplayer. Mas os amantes de FPS sabem muito bem que nem sempre o elevado número de jogadores favorece a experiência de jogo. Por isso, será que MAG consegue juntar 256 jogares num só mapa e mesmo assim oferecer uma jogabilidade atractiva?

A história começa em 2025, onde o mundo aparenta estar em paz, com as nações a desistirem das guerras abertas. Como o mundo não vive sem guerra, constituíram-se três companhias militares privadas que se diferenciam dos exércitos, não combatendo pela pátria mas sim pelo dinheiro, vendendo os seus serviços militares.
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Uma das três CMPs (Companhias Militares Privadas) é a VALOR, que é um grupo de ex-oficiais de guerra e veteranos de combate de três países diferentes, americanos, mexicanos e britânicos. Depois temos a S.V.E.R., composta por rebeldes disfarçados, entre eles existem os soldados e cidadãos com passado criminoso. Por fim temos a RAVEN, grupo em que a maioria são cidadãos alemães, franceses e italianos, geridos pelos gigantes da indústria e dispondo da alta tecnologia.

O jogador pode escolher uma das três CMPs, cada uma delas com os seus pontos fortes e fracos, tanto na tecnologia como em armas. No caso de RAVEN, é uma companhia bem treinada, distingue-se das outras companhias devido ao seu armamento de alta tecnologia, pela confiança no seu valor e usa técnicas de coordenação avançadas. A única intenção da companhia S.V.E.R. é ganhar respeito através do medo, suas armas são obtidas no mercado negro e o seu visual é muito ao género médio oriente, adaptam-se a qualquer terreno e são incentivados a ser ferozes ou cruéis. A VALOR adopta os valores que são usados pelos militares dos Estados Unidos da América, a coragem, audácia e a capacidade de sacrifício. Conseguem ultrapassar sérias dificuldades, improvisar e adaptar-se bem a qualquer situação, para além disso são disciplinados e habilidosos.
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Existem diferenças no tipo de armamento de cada fracção, cada uma conta com armas e equipamentos únicos, sendo estes muito importantes para a diversificação de tiroteios e sons durante os combates. Dá a sensação que a companhia S.V.E.R. é superior no armamento em comparação com as outras companhias, mas o que importa no local de combate é a habilidade do jogador. Antes de entrar para o combate, temos a possibilidade de criar uma personagem, infelizmente a personalização é algo limitada e simples. Depois temos de escolher uma das três facções, sendo esta escolha irreversível, a não ser que concebamos um novo combatente.

Em termos de modos de jogo, MAG não conseguiu alargar o horizonte, a quantidade de jogadores no campo de batalha poderia fazer prever o contrário. Não sendo obrigatório, o modo treino irá explicar o essencial sobre a movimentação, armas, objectivos e dá-nos alguns pontos de experiências. O modo Supressão é o ideal para quem quer entrar em combates sem nenhum tipo de preocupação de captura de locais estratégicos ou veículos, como se fosse um modo treino, onde a mesma CMP combate entre si, em formato Team Deathmatch até 64 jogadores.

No modo Sabotagem, duas CMPs até 64 jogadores, combatem entre si para controlar dois pontos no mapa, após essa conquista um terceiro objectivo é revelado, inicialmente essa posição é desconhecida. Este é um dos modos onde a concentração de jogadores é maior, muito devido ao incentivo de conquista e defesa dos postos. O terceiro modo chama-se Aquisição, cada CMP tem como objectivo a captura de veículos da companhia rival, envolve também comandar e defender os veículos, a dificuldade aumenta para as duas equipas, para além disso o número de jogadores aumenta para 128, tornando os combates muito mais intensos. Estes modos vão sendo desbloqueados através dos pontos de experiência ganhos nos combates, que por sua vez aumenta o nível do soldado, e ao atingir o nível oito dois novos modos ficam acessíveis.

Os dois modos desbloqueados são o Directivas e Domínio, este último cujo objectivo é controlar o campo de batalha, é o principal atractivo do jogo. Um incrível número de 256 soldados (128 para cada uma das companhias), são divididos em vários grupos, entram em combates alucinantes para controlar oito pontos do cenário. MAG, em contraste com os restantes FPS, peca pela ausência de um modo singleplayer, mas ao mesmo tempo também pode-se considerar que para apostar nesse modo, teria que ser diferente da maioria. Ou seja, teria que apostar forte nessa vertente, com uma história bem credível e com muitas horas de jogo, sem isso não valia a pena apostar no singleplayer.

Mas por outro lado existem no jogo vários motivos pelo qual possamos jogar o jogo vezes sem conta. Os pontos de experiência ganhos em todas as batalhas travadas até ao fim, são a forma do nosso soldado escalar de nível e subir de patente. Também ganhamos pontos de aptidões, que podem ser usados para melhorar todo o nosso arsenal, servindo também para desbloquear vários aparelhos de som, sensores de movimentos e de explosivos. Também temos a possibilidade de melhorar a capacidade atlética, o apoio de médico tanto para nós como para ressuscitar os nossos companheiros, e até melhorar os métodos de reparação de máquinas.
3

O grafismo está bem conseguido, apesar da enormidade dos mapas e do número de jogadores Online.

Na Caserna, para além da opção das Aptidões e a informação da nossa Patente, temos á disposição funções de liderança, que só estarão acessíveis após garantir o nível 15. O jogador pode escolher uma entre três posições de liderança, a função “Líder de Secção” o jogador lidera um grupo em combate, pode definir novos objectivos e pedir apoio táctico. A segunda função “Líder de Pelotão”, temos de liderar um grande grupo, podemos pedir apoios tácticos poderosos e ganhar habilidades de liderança adicionais. O terceiro e último, é o “Líder de companhia”, ao servir como líder de uma companhia, o jogador tem ao seu dispor um conjunto de manobras estratégicas, que podem alterar o rumo da batalha, também ganhamos habilidades de liderança adicionais.

O jogador pode assumir várias funções dentro de um pelotão, soldado, sniper, reparador e outras mais, mas no caso de ser um dos Líderes, a responsabilidade é maior, isto porque o risco de falhar as missões é enorme, temos de jogar em equipa e não utilizar os jogadores como “carne para o canhão”. Por isso, não podemos ser desleixados para não comprometer as missões e principalmente os muitos jogadores online. É possível conferir todas as nossas estatísticas, bem como visualizar todas as distinções ganhas em combate, para isso, são necessárias várias horas de jogo para ter um acesso mais pormenorizado aos recursos de MAG.

A secção Arsenal permite ao jogador configurar até cinco conjuntos de Armas e equipamentos. Mesmo após a entrada para um combate, podemos escolher uma das cinco configurações, por isso é bom que pensem bem nas configurações que vão utilizar. É aqui mesmo que começa a estratégia, boas combinações podem ser uma vantagem no terreno, dependendo é claro da táctica que o jogador irá adoptar. Tendo ao dispor todas essas configurações, as batalhas tornam-se completamente diferentes, os jogadores optam por outra maneira de atacar e de se colocar no terreno.


Por exemplo, tanto podemos usar uma configuração em que a arma principal seja a sniper, ficamos ocultos e mais longe da acção, como que logo a seguir após a morte do nosso soldado, escolhemos ir directamente para a acção de “Machine Gun” ou subir um monte e usar a “Bazuka” para matar um grande número de soldados. Esse é outro ponto interessante do jogo, o grande número de soldados num só mapa (256), não temos tempo para piscar os olhos, eles aparecem de todos os lados (são mais que as mães).

A possibilidade convocar os outros combatentes através da comunicação de voz, pode ser importante para aplicar tácticas de guerra. Os Líderes podem fazer a diferença se usarem bem essa opção para comandar os soldados, tanto para atacar como para defender, é evidente que é uma tarefa bastante difícil, já que muitos dos soldados estão sedentos de sangue. Mas o elevado número de jogadores também trás alguns problemas, principalmente porque a ideia de MAG era incentivar tácticas em grupo e isso raramente acontece.

Outro problema ocorre quando o nosso soldado morre, para além de esperar uns bons segundos para voltar ao combate, temos que percorrer longas distâncias para voltar ao local de acção. É algo que irrita, passamos a maior parte do tempo a correr, mais do que propriamente a combater. Deveria também ser possível no respawn time seguir um colega enquanto o tempo passa, ao género de Counter Strike.

Ao contrário de vários jogos deste género, MAG é muito preso de movimentos, existe uma enorme dificuldade em apontar quando aparecem à nossa frente vários soldados inimigos. Mesmo depois de ajustar a sensibilidade no máximo a lentidão de movimentos mantém-se. A troca de armas revela-se também muito lenta, havendo demasiado armamento para trocar entre si, para além de usar dois botões para troca de armas principais e secundárias. A jogabilidade fica muito aquém de jogos como Counter Strike, Call of Duty ou até mesmo Battlefield. Porque raio temos de lançar de imediato a granada e não a podemos segurar? Porque é que a maior parte das mortes são “Headshots”? Porque é que os soldados me fazem lembrar o Pedro Barbosa?
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Mapas enormes, há muito terreno a percorrer.

Era difícil de acreditar há tempos atrás que a PlaySation 3 iria suportar 256 jogadores no mesmo cenário, além disso conseguiram fazer um jogo graficamente sólido, apesar de algumas quebras de fluidez, principalmente nos ataques aéreos ou nas explosões de granadas ao mesmo tempo. No global, as texturas dos cenários e dos soldados apresentam-se bem detalhadas, juntando a isso, as explosões e os efeitos de fumo estão muito realistas. Quanto à câmara do jogo, requer habituação devido à sensibilidade, principalmente com a snipper ou no interior de veículos armados. O ponto mais fraco do jogo é mesmo o som, tanto os disparos das armas como das explosões de granadas, fazem-me lembrar os sons emitidos pelas bombinhas de Carnaval. Pior ainda são as vozes portuguesas no jogo, esta localização em português faz envergonhar o militar mais macho e viril, eram necessárias vozes mais poderosas, que transmitissem segurança, certeza, força e coragem.

Apesar de inovar com os seus 256 jogadores num campo de batalha, o resultado final não foi suficientemente positivo para que o jogo se destacasse no meio de tantos bons títulos deste género. Até pode ser cativante, com a fluidez das batalhas, o caos gerado e até o bom grafismo, mas fica um sabor estranho, como se o jogo estivesse inacabado. A jogabilidade deveria ser mais simples e com movimentos mais rápidos e fluidos, poderiam acrescentar também algo de novo, algo que não existisse em outros jogos. Contudo, não deixa de ser um jogo a ter em conta.


Fonte: EuroGamer.pt
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